domingo, 15 de setembro de 2019

Motivo de Amor

Qual é o seu motivo de amor? Em que lugar sua alma descansa? Aquele lugar único e solitário, mas que te traz a maior paz e a maior alegria? Eu sei que não é fácil achá-lo. O amor requer trabalho duro, solidão, suor e lágrimas, mas te aquece a alma nos recantos mais profundos do ser.
Eu achei o meu recentemente. Hoje, na verdade. E Deus, como é sagrada a solidão do amor quando ele está no lugar certo, quando ele está sendo dado da forma certa. Amor é entrega, é doação, é força e vida. E esse lugar nunca é fácil de achar. Existe um perto dele que é muito parecido, mas é seu exato oposto: a paixão. Essa sim é perigosa, porque não descansa a alma, cega por um desejo.
Não é meu caso. Eu sou um guaxinim, mas um guaxinim que sabe o que quer. Tô velha pra jogos de coração e pra fingir que não quero ou não sinto alguma coisa. Sinto e sinto demais. Quente ou frio, porque morno te vomito. E eu definitivamente não sou mulher de frio.
Falei, falei e não disse o principal: qual meu motivo de amor. Acreditem, nobres leitores: meu motivo de amor é uma capivara.
Mas não é uma capivara qualquer. Ela é A capivara. É aquela mulher que não é só linda ou inteligente ou dona de um sorriso único. Ela é aquele santo cansaço de dever cumprido, de abraço da saudade, de escolha consciente de amor profundo. Ela é a minha capivara. E esse pequeno guaxinim não é o guaxinim de todos: só das pessoas mais íntimas e ninguém é mais íntimo do guaxinim que A capivara. A ela sempre amarei. Eu na verdade já amava. Só não sabia disso... Precisei sentir falta pra entender.

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