quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Toda Bela é uma Fera.

Ela tinha a maior pinta de quem ia virar minha cabeça e meu bom senso e fazer uma imensa bagunça no meu mundo. E eu deixei. Perfeição demais me irrita. Quente ou frio, porque morno eu te vomito. E acreditem: ela é BEM quente. E não é com qualquer conotação sexual que eu falo isso. Na ardência da pimenta está o tempero da vida.
Quando eu a conheci subestimei tudo nela. Não tocaram sinos na minha cabeça, meu coração não bateu mais forte, minha mente não foi a mil por hora. Na verdade foi tudo muito banal. Duas tímidas sendo apresentadas e ponto. Quer trivialidade maior do que essa? Ah, mas quem foi que disse que a vida é trivial? Pelo menos eu não sou.
Eu sempre acreditei que o Tempo é o Senhor da Serenidade. É ele quem te traz a paz para você encontrar a razão que tanto busca. E o Tempo fez o seu trabalho. Uma construção diária de confiança, lapidada a sorrisos, suor e ouro. MUITO ouro. E alguma prata, porque né? Perfeição demais é irritante. Chega a ser sonolento.
Dizem que as melhores pessoas e os maiores amigos você conhece nos momentos mais difíceis. Discordo com força. As melhores pessoas são as que estão nos meus melhores momentos de coração aberto, sorrisos lindos e coração puro. E que sorriso, nobres leitores. Que sorriso. Se a beleza tem uma forma palpável então é esse sorriso. E eu sou apaixonada por inesperados. Está no meu DNA, é parte de quem eu sou. Eu já disse que uma das maiores vantagens de ser jornalista é ver no banal o mais belo.
E ela é tudo, menos banal. E ela é tudo, inclusive Bela. Uma fera, mas uma Bela.

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