Gosto dessa gente que chega metendo o pé na porta da nossa vida, mostrando a que veio e se mostrando plena, poderosa e - acima de tudo - amiga. Gente assim me fascina, me encanta e me tira o melhor de mim mesma. Sim, estou falando do CEV de novo, mas e daí? Parte do meu ofício é contar o que o dia-a-dia tem de tão interessante. Esse é um dos bons momentos do jornalismo: enxergar as maravilhas em coisas simples.
A Tatiana e a Nayana são dessas. Chegam poderosas como o furacão, mas têm a fala doce como a brisa. Gosto de gente assim... Sou filha do Trovão e do Vento e me encanto com movimentos intensos, com gente que me tira dos meus mornos.
Elas não admitem menos do que perfeição. É na perfeição que mora o reconhecimento e a certeza do dever cumprido. A tempestade é minha zona de conforto... Como boa filha do Trovão, não tenho medo de barulho, mas de calmaria.
Experimenta dar menos do que o seu máximo pra você ver se a brisa fresca da manhã não vira um furacão poderoso? Agora experimenta pedir socorro em um momento difícil ou de dúvida pra ver se o mesmo furação não ajuda a limpar a bagunça?
O trem da vida tem muitos vagões e como elas são dessas que metem o pé na porta e saem entrando, pularam pra dentro do vagão das minhas eternidades. Quero essa gente na minha vida pra sempre. E mais um pouco, se não for pedir muito.