quinta-feira, 28 de abril de 2011

Minha vida de Sapatão

Muitos acham pejorativo, ofensivo até chamar uma lésbica de sapatão, mas quer saber? Depende muito do contexto, da pessoa que fala e da intenção. Dependendo da pessoa que me chamar vou levar como um elogio.
Com essa onda do politicamente correto nada mais pode ser falado. Ditadura disfarçada de bom senso ou eu que sou chata demais. De qualquer forma sou sapatão e muito orgulhosa.

Acontece que vida de bofinho não é fácil porque além de viver numa sociedade altamente machista e homofóbica tenho que conviver com perguntas imbecis do tipo: como faz? quem é o homem da relação? por que não usa saia? Haja saraiva...

Tenho uma amiga que vive no armário, sua profissão não a permite, mas ela é muito Gracie Hart (Miss Simpatia, lembra?). Linda, mas é mais homem que eu. O tipo de pessoa capaz de ir trabalhar de salto alto, maquiagem, mas não sabe o que fazer... chega a ficar engraçado, morro de rir quando a vejo de saia. Sabe a pessoa que não sabe o que fazer com as mãos e se sente um travesti? É ela.

Bofinhos não nasceram pra usar saia... não combina com a natureza delas. Nem com a minha... Longa vida ao terno. Lesbian chic reina

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Suspiro de fã

Depois de uma temporada estou de post novo no blog de sempre. Sinto falta de escrever, é uma necessidade. Vício delicioso esse das palavras. Quanto mais me afasto, mais o quero. Amor de malandro? Talvez... quanto mais apanho dessa coisa estranha chamada Língua Portuguesa mais a amo. Quando me perguntam o motivo de ter feito jornalismo respondo sem pensar: porque amo, ponto. Me inspiro nos grandes para pensar.

Quando eu ainda estava no segundo grau um professor me ensinou a não olhar ninguém de baixo nem de cima... sempre na mesma altura, dizia ele: "ninguém é melhor, só é diferente". Aprendi e pratico, mas sempre se perde um olhar de admiração. Suspiros da alma pelo talento de outra.

Estive lendo o blog da Mariana Gross (http://suspirada.blogspot.com/) e confesso: estou apaixonada pela escrita dela. Com a mesma profissão e quase a mesma idade, Mariana tem o dom da palavra, a suavidade da mulher e a firmeza de que sabe o que quer e aonde quer chegar.

Mulher de 30, jornalista, bela e decidida. A Bela e a Fera... Talvez não sejamos tão diferentes afinal...